Na cesta de Sacha
No sarau da casa amarela, Akira arranjou uma sexta para Sacha contar as razões e emoções que os destinos colocaram na arte que faz da vida e na vida que faz da arte. Deliciosamente nos embalou com seus artigos de primeira necessidade. Sim, depois que você o conhece, ouve, lê e vê bem dentro dos olhos dele cantando, não pode imaginar mais a própria vida, a emoção, seu próprio ritmo sem continuar ouvindo o Mestre sempre, para religar a alma à Natureza Superior.
Fiz da arte minha religião. Escolhi alguns sacerdotes para me ligar às estrelas. Sacha é um desses, que não sai da minha tenda de orações. No sarau da casa amarela isso mais uma vez ficou provado.
Foi uma sessão de emoções. A flor da pele instalou-se nos bons que ali foram receber as sutras sertanejas de Sacha Arcanjo. Não cantou "Água clara de cascata" nem a " Última fome". E ainda assim o cidadão-cantante trovou mais uma vez meu coração e minha mente. E se engulimos algumas lágrimas, foi apenas para lubrificar a garganta e desembargar a voz.
Cláudio Gomes – 09/10/2011.
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