quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O baba


lá no meu sertão
a pelada é baba
ali se constroi um presente
e o pretérito não se acaba

ferro da jega é o time
o campo é o pereirão
lá na rua do motor
o oposto do baixão

raberuan esteve ali
comeu buxada de bode
nem mesmo um chute deu
cada um faz o que pode

mas driblou e fez o gol
como craque da canção
no palco um superstar
é superiste no chão

jogou com toinhos e ló
zamba, itamá, zé e crente
tudo na dois de julho
na cantoria recente

com sete musas bonitas
versou em volta da mesa
e num pênalti cavado
fez gol louvando a beleza

num dia seguro talvez
ele poeta da bola
como um gato angorá
jogue o baba de sola.

sacha arcanjo (02/09/2010).

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