quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Silva

punhal de prata afiado
como se fosse furar
o bucho de um bicho
que se fizesse acuar
no mito ou no mato
pudesse ser apanhado
em pelo nos seus versos
galopando no agalopado
sem farimento na pele
sem cicatrizes na mente
a ponta desse punhal
é luz que brilha somente
para guiar no escuro
o que não vê poesia
o que pensa esquisito
e o que nem saberia
que o sabiá quando canta
canta prá nos encantar
e o punhal quando silva
silva mandando parar.

sacha arcanjo (06/10/2010).

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